domingo, 27 de novembro de 2011

Análise e download do álbum Avenged Sevenfold - Avenged Sevenfold

Eu não tinha noção do trabalho que fazer isso daria, mas foi prazeroso mesmo assim. O "álbum branco" é muito comercial, mas também é o que eu mais conheço e provavelmente o que mais gosto, por isso o escolhi.




O álbum homônimo de Avenged Sevenfold, o quarto de estúdio, foi lançado em 2007, possui cinco singles e é um (senão o) dos mais leves da banda. Ficou como quarto colocado na Billboard 200, foi classificado como álbum de ouro e venceu o Kerrang como melhor álbum em 2008. Vamos às críticas às faixas:




1- Critical Acclaim: a primeira música do álbum inicia com um órgão, que põe você saindo de uma limusine, as guitarras estendem o tapete vermelho aos seus pés e o grito de Shadows com o resto dos instrumentos junto faz você lembrar que está num show do Avenged. O refrão cantado por The Rev nos lembra que nenhuma música vai sair como antes. Uma boa parte da música é rap e, apesar de pitadas diferentes sempre serem bem-vindas, essas partes desmereceram o resto (de ótima qualidade) da música pela mesmice e tédio. 7,5/10

2- Almost Easy: música ótima para cantar junto, vencedora de alguns prêmios e soundtrack de alguns jogos. A segunda parte do refrão é cantada pelos cinco integrantes (no tempo do The Rev como baterista), own (tenho minhas dúvidas se Christ é considerado um membro da banda quando leio coisas assim). Porém, enjoa demoniacamente depois de algum tempo. 8,9/10.

3- Scream: começa com um grito feminino muito poderoso. Os solos em geral são bons. Na minha egoísta opinião, o maior erro deste álbum foram as double batidas no prato da bateria no refrão desta música (ouçam e saberão do que estou falando). Letra (e clipe) mais excitante do álbum, dá vontade de gritar junto e rasgar a roupa selvagemente. 8,7/10.

4- Afterlife: outro single ganhador de muitos prêmios, possivelmente o com solos mais conhecidos. Escrita por The Rev, fala sobre um cara que morre, vai para o paraíso e volta para a Terra por que tinha assuntos inacabadas por aqui. Eles têm uma orquestra tocando em alguns momentos. O refrão é tocante e foda ao mesmo tempo. Mas assim como Almost Easy, enjoa. 9/10.

5- Gunslinger: tem um violãozinho no início, soando como um country leve até 1min23s. Tem uma letra sincera e romântica que me lembra de algum pistoleiro do western que vai voltar para casa e para sua amada depois de tanto tempo trabalhando fora da lei. A música é boa. Nada mais do que isso. 7,8/10

6- Unbound (The Wild Ride): adoro esta. Tem um instrumental rápido que alterna entre guitarra e piano, sempre com a bateria mantendo a batida que dá vida aos outros instrumentos. Tem uns batuques estranhos e pulsações pelo som. Com uma letra harmoniosa, fica gostosa para cantar junto. No final canta uma menina (que eu sabia que tinha dez anos, mas não achei fontes) com uma voz angelical. 8,5/10

7- Brompton Cocktail: começa com um som alienígena com umas batidas tropicais crescentes. Como o nome sugere, se trata de um raro elixir com muita droga que é bebido para amenizar as dores dos pacientes geralmente em reta final. Tem uns instrumentos extras, além da orquestra, que dão um som bem diferente pra música do que aquilo que estamos acostumados a ouvir do A7X. 7,6/10

8- Lost: guitarras seguindo uma a outra no primeiro minuto. O auto-tune no refrão, apesar de até ter ficado bom, parece que foi forçado para a música ter algo de diferente. Como muitas outras músicas, mostra a agonia da efemeridade do tempo. Apesar de ser um som bom, não se destaca em nada. (Detalhe pessoal: antes de ler a letra da música, eu cantava “the end is not gay” em vez de “the end is knocking”. Ah vamos lá, parece.) 7/10

9- A Little Piece Of Heaven: extraordinária, surreal, tenebrosa e excitante. A Little Piece Of Heaven é a dádiva do Avenged. Com vários outros instrumentos além do coro, tem um estilo totalmente Broadway. Conta a história de um casal jovem que o homem pediu a mulher em casamento e ela o desprezou, riu da cara dele (o clipe animado é cultura fundamental para todo simpatizante do metal), então ele a matou e realizou rituais necrófilos. Até que ela cria vida e o mata também, então eles se casam, virando um casal morto realizado. A instrumentação é espetacular e divertida (lembra Tom & Jerry), as vozes são teatrais e com várias sobreposições, vozes diferentes e por aí vai, um som totalmente livre. Troca várias vezes a melodia, sendo inconstante e inesperada. Alguns fãs admitem que ela enjoa, mas cada vez que ouço ela se torna mais perfeita. 10/10

10- Dear God: considerada por muitos a melhor música triste / calma da banda. É um country com um violão e um banjo, e uns sons líricos bem deitados (vocês entendem essa expressão?) de guitarra. Não acredito que a intenção da música era impressionar, então não tem problema ela não ter um quê instrumental a mais. Tem uma letra romântica que se você estiver suficientemente deprimido cê chora junto com a música. Termina com um solinho de guitarra que vai se distanciando. Fecha o álbum com chave de ouro, para ser lembrado sentimentalmente. 9/10


A média ficou 8,4, um pouco baixa na minha opinião. Poderíamos acrescentar alguns décimos pela escolha da sequência das faixas e outros pelo design da capa do álbum e das folhas que têm as letras das músicas, bem como os desenhos contidos entre elas, chegando assim a 9, o que seria uma nota justíssima.

Para os interessados em possuir essa belezura, aqui vai o link para download:

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